Durante o dia de hoje, infelizmente, surgiram notícias no início do dia que a Rússia tinha avançado com a invasão da Ucrânia, o que rapidamente se propagou pelo mundo e sobretudo as redes sociais.
Imagens do medo e receio de todos, mensagens de esperança e de ajuda propagaram-se nas horas seguintes pela Internet, e enquanto muitos estão a viver esta experiência na pele, outros apenas podem obter as informações de meios como as redes sociais e meios de imprensa.
No Twitter são publicadas informações praticamente em tempo real, sobre os mais variados temas que vão ocorrendo do lado Russo e Ucraniano, com todos os detalhes em textos, fotos e vídeos. Sejam residentes na Ucrânia ou jornalistas, a informação espalha-se com o toque de um botão, o que permite aceder a dados praticamente em tempo real.
Também a partir do TikTok centenas de publicações e vídeos em direto demonstram as ações dos militares no terreno, e mesmo que esta plataforma seja focada em vídeos curtos, em situações de crise pode também ser um meio importante de transmissão de conteúdos.
O uso das redes sociais para transmitir informações em tempo real sobre acontecimentos importantes no mundo não é novo, mas ganha outro significado quando estamos perante uma possível guerra que, de uma forma ou de outra, afeta todos.
Mas se estas plataformas são importantes para partilhar informações sobre o que se encontra a acontecer, e manter o mundo informado, ao mesmo tempo deve-se ter atenção a outros dois pontos igualmente importantes: a desinformação e a ansiedade.
Como acontece com qualquer evento drástico, existem atualizações constantes sobre o estado da situação, e como tal uma informação que poderia estar confirmada faz apenas alguns minutos é no minuto seguinte desmentida. Além disso, existem ainda canais que se focam em propagar conteúdos que podem ser vistos como rumores ou teorias, além de desinformação pura, e que devem ser tidos em conta.
Quando se pesquisa um tema, deve-se sempre ter atenção à origem do mesmo, e tudo o que seja de “ouvi alguém” ou “dizeram-me” deve ser tido como rumores. O mais importante é sempre obter a fonte da informação, e verificar se a mesma é viável e credível, antes de assumir algo.
Além disso, estes tempos causam também uma certa ansiedade por toda a população. Existe o medo e a incerteza, e as constantes atualizações, vídeos e fotos que são partilhados pelas redes sociais não ajudam na causa. Quem os vê, pode acabar por ficar ainda mais ansioso sobre o futuro, ao ponto de sentir ainda mais ansiedade, o que pode acabar por afetar o dia a dia.
Se toda a informação que está a ser fornecida permite informar o mundo sobre o que está a acontecer, ao mesmo tempo pode ser uma sobrecarga para quem esteja já ansioso sobre o tema, ou mesmo um “overload” de dados que acabam por confundir invés de informar.
E é importante que sejam os próprios utilizadores a ter em consideração este ponto: se a informação começa a sobrecarregar, opte por sair do mundo virtual por alguns momentos. Não estará desinformado por fazer uma pausa, e o mais importante será a saúde de cada um.
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