O futuro onde os robôs assumem tarefas humanas, tantas vezes imaginado na ficção científica, está a tornar-se uma realidade cada vez mais presente nos armazéns da Amazon. A gigante do comércio eletrónico anunciou um plano ambicioso para automatizar o trabalho equivalente a mais de meio milhão de funcionários, recorrendo a um verdadeiro exército de máquinas inteligentes. Esta medida representa uma mudança significativa na estratégia da empresa, que ainda em 2023 afirmava que os trabalhadores humanos eram insubstituíveis.
A combinação da robótica com a inteligência artificial generativa moderna permitiu criar máquinas autónomas capazes de realizar uma vasta gama de tarefas, abrindo a porta a uma nova era de automação industrial.
A automação em larga escala para poupar nos custos
O novo objetivo da Amazon passa por automatizar o trabalho correspondente a 600.000 pessoas através da implementação massiva de robôs. Com esta estratégia, a empresa espera não só aumentar a produtividade, mas também evitar a contratação de mais de 160.000 novos funcionários que seriam necessários até 2027 para dar resposta ao crescimento do negócio.
Atualmente, a Amazon é a segunda maior empregadora do mundo, com 1,2 milhões de trabalhadores, superada apenas pela Walmart. Adicionar mais 160.000 pessoas representaria um aumento superior a 10% da sua força de trabalho em apenas dois anos. A aposta nos robôs surge, assim, como uma solução mais rentável a longo prazo, permitindo à empresa otimizar custos e aumentar os seus lucros.
28 cêntimos por encomenda: a matemática da poupança
A lógica por trás deste investimento massivo é puramente económica. A Amazon estima que, por cada produto selecionado, preparado e enviado, a utilização de robôs permite uma poupança de 30 cêntimos de dólar (cerca de 28 cêntimos de euro). Embora o valor pareça modesto, quando multiplicado pelo gigantesco volume de encomendas diárias da empresa, traduz-se numa poupança de milhões de euros.
A empresa já utiliza robôs há vários anos e, em locais como o centro de distribuição de Shreveport, no Luisiana, a automação já é uma realidade dominante. Neste armazém, milhares de robôs realizam a maior parte das tarefas, permitindo que o centro opere com apenas um quarto dos funcionários habitualmente necessários.
Os planos não ficam por aqui. Até 2026, a Amazon espera substituir mais um terço da equipa humana nesse mesmo local. A informação, avançada pelo site alemão ComputerBase.de, revela ainda que estas medidas de automação serão implementadas em 40 centros e armazéns da empresa até 2027, sinalizando uma transformação profunda e irreversível na forma como a gigante do e-commerce opera.
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