A Tesla anunciou ter alcançado um novo recorde global de entregas de veículos no terceiro trimestre de 2025, atingindo um total de 497.099 unidades. A par deste marco, a empresa reportou também uma receita recorde de 28,1 mil milhões de dólares, o que representa um crescimento de 12% em comparação com o mesmo período de 2024. No entanto, nem tudo são boas notícias para a gigante dos veículos elétricos, que viu o seu lucro líquido cair 37% em termos homólogos.
Receitas recorde não chegam para travar a queda nos lucros
Apesar do volume de vendas, a queda nos lucros da Tesla é justificada por uma combinação de fatores. A redução do preço dos seus veículos elétricos, o aumento significativo do investimento em projetos de investigação e desenvolvimento, nomeadamente em inteligência artificial, e o impacto das tarifas aduaneiras pesaram nas contas da empresa. Durante a conferência de resultados, Vaibhav Taneja, o diretor financeiro da fabricante, revelou que as tarifas sobre peças e matérias-primas importadas custaram à empresa mais de 400 milhões de dólares neste trimestre. Taneja acrescentou ainda que a previsão é de que os gastos em investigação e desenvolvimento continuem a aumentar.
Robotáxis totalmente autónomos chegam este ano e novo chip AI5 na calha
Na mesma chamada com investidores, o CEO Elon Musk partilhou planos ambiciosos para o futuro próximo. Musk espera que a empresa comece a operar os seus primeiros robotáxis sem qualquer condutor ao volante até ao final deste ano, com um arranque faseado em algumas zonas de Austin, no Texas. Recorde-se que a Tesla lançou as primeiras viagens de robotáxi na mesma cidade em junho, tendo sido reportados desde então vários incidentes, incluindo um caso em que um veículo embateu num carro estacionado. Musk garantiu que a Tesla está a "ser obviamente muito cautelosa com a implementação", mas espera ter veículos totalmente autónomos a operar em oito a dez novos estados antes do final de 2025.
Outra grande novidade foi a revelação sobre o seu próprio chip de inteligência artificial, o AI5, que será fabricado tanto pela Samsung no Texas como pela TSMC no Arizona. Aparentemente, o objetivo da Tesla é produzir mais unidades do que as necessárias para os seus veículos elétricos e futuros robôs Optimus, utilizando o excedente nos seus próprios centros de dados. Elon Musk clarificou, no entanto, que a empresa não vai deixar de usar os chips da NVIDIA, mas que continuará a utilizá-los em combinação com o seu novo AI5.
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