Durante a GTC 2025, um dos seus principais eventos anuais, a NVIDIA apresentou ao mundo pela primeira vez o superchip Vera Rubin, a solução de hardware que irá equipar a próxima geração de servidores de IA da gigante tecnológica. Jensen Huang, CEO da NVIDIA, subiu ao palco para demonstrar o poder do novo componente, reforçando alguns dos seus impressionantes detalhes técnicos.
O superchip Vera Rubin consiste numa placa massiva que integra uma CPU Vera com 88 núcleos e 176 threads, acompanhada por duas GPUs Rubin. Cada uma destas GPUs está equipada com 288 GB de memória HBM4. Segundo Huang, este conjunto é capaz de atingir uns impressionantes 100 PetaFLOPS de poder computacional em cálculos de formato FP4, cruciais para tarefas de Inteligência Artificial.
O coração do superchip: CPU Vera e GPUs Rubin
Ao exibir o novo superchip, o CEO da NVIDIA reforçou que a solução entrará em plena produção dentro de um ano. "Enquanto enviamos o GB300 [a geração atual], estamos a preparar o Rubin para estar em produção neste período no próximo ano, talvez um pouco antes. […] Este é simplesmente um computador incrivelmente bonito", afirmou Huang.
As imagens do componente, partilhadas pelo Tom's Hardware, revelam um sistema de energia extremamente robusto em torno das GPUs, localizadas na parte superior. Ao centro, a CPU é visível sem o dissipador, mostrando a presença de vários chiplets combinados, que provavelmente incluem controladores de memória e outros elementos de conexão.
Memória de nova geração com SOCAMM2
Um dos destaques do design é a memória RAM do sistema, que adota o novo formato SOCAMM2, desenvolvido pela Dell. Este formato utiliza um método de compressão para a instalação, economizando espaço e mantendo altas velocidades de transferência. O Vera Rubin integra oito destes módulos que, em conjunto com os 576 GB de memória HBM4 das GPUs, totalizam 2 TB de memória de alta velocidade.
O futuro da IA em escala
Este superchip servirá de base para o NVIDIA Vera Rubin NVL144 MGX, um rack completo que combinará 144 GPUs. Este sistema elevará a capacidade máxima de computação para uns impressionantes 3,6 ExaFLOPS de inferência (a utilização da IA) em FP4 e 1,8 ExaFLOPS de treino em FP8. O sistema completo oferecerá 75 TB de memória total, com uma largura de banda de 13 TB/s.
Conforme destacado pelo CEO, a nova geração está prevista para a segunda metade de 2026. Espera-se que mais informações sejam reveladas nos próximos meses, incluindo detalhes sobre a versão Rubin Ultra, uma arquitetura ainda mais poderosa, e a sua sucessora, de nome de código Feynman.
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